sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Artigo - Terceira grande força da Psicologia: Psicologia Humanista # Série

A Psicologia Humanista surgiu no século XX, tendo como seu fundador Abraham Maslow, seguido por Carl Ransom Rogers. É relevante saber que outros autores que não pertenciam à teoria humanista elaboraram seus estudos em paralelo, como Viktor Emil Frankl (Logoterapia) e Friederich Salomon Perls (Gestalt-Terapia).

Maslow adotou um objeto diverso para sua linha de estudo que culminou no surgimento de uma nova Psicologia, conforme afirmam Collin, Benson, Ginsburg e outros (2012, p. 138) Maslow “analisava a experiência humana investigando as coisas mais importantes para nós: amor, esperança, fé, espiritualidade, individualidade e existência. [...] criou um plano bem estruturado para explicar o trajeto da motivação humana [...] Sua famosa 'hierarquia das necessidades', esta estrutura também conhecida como 'pirâmide das necessidades humanas de Maslow' funda uma nova forma de pensar”.          

Para Carl Rogers, a Psicologia centrava-se mais na pessoa do que em diagnósticos, em como a pessoa poderia promover a “cura” para si mesma de forma a se tornar pessoa plenamente atuante. Assim, Rogers rejeitou as propostas behavioristas e psicanalíticas seguindo com seus estudos sobre a forma como a pessoa percebe as situações,  acreditando ainda que as pessoas têm uma única motivação: a propensão para a autorrealização e que esta inclinação é o que determina seu desenvolvimento (KLEINMAN, 2015).   
                                      
Com o adendo da Psicologia Humanista outras abordagens surgiram, mesmo por autores que não pertenciam efetivamente a esta linha de estudo, essas teorias conduziram ao surgimento, por exemplo, da Logoterapia e da Gestalt-Terapia.

Viktor Frankl (1905-1997), psiquiatra vianense fundador da Logoterapia, foi levado para um campo de concentração em 1942, junto com sua esposa, irmão e seus pais, permaneceu nesta situação por três anos até ser liberado como único sobrevivente da família. Frankl destaca em suas pesquisas que não estamos à mercê do ambiente e que o sentido que se atribui às situações tem um papel fundamental: o sentido é algo que precisa ser descoberto e nós mesmos devemos atribuí-lo, na Logoterapia a cura provém deste sentido (COLLIN, BENSON, GINSBURG e outros, 2012).
           
A Gestalt-Terapia foi criada em 1951 pelo médico alemão Frederick Salomon Perls (1893-1970). Apesar de seu fundador ter iniciado sua carreira como psicanalista, a Gestalt-Terapia se aproxima da Fenomenologia, uma vez que Perls valoriza o aqui-agora, concentrando-se no presente, diferentemente da Psicanálise que busca no passado as intervenções. É através do agora que ocorre a ação terapêutica (BOCK, FURTADO e TEIXEIRA, 2008).             
                  
A Psicologia Humanista, tendo sido considerada como a terceira grande força, apresenta uma nova opção frente ao Behaviorismo e à Psicanálise, com seu estabelecimento e disseminação  surgiram diversas outras formas de estudar a Psicologia.

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Referências

BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 14ª ed. São Paulo: Saraiva, 2008.

COLLIN, Catherine; BENSON, Nigel; GINSBURG, Joannan; GRAND, Voula; LAZYAN, Merrin; WEEKS, Marcus. O livro da psicologia. Tradução de Clara M. Hermeto e Ana Luisa Martins, São Paulo: Globo, 2012.


KLAINMAN, Paul. Tudo o que você precisa saber sobre psicologia: Um livro sobre o estudo da mente humana. Tradução Leonardo Abramowicz – 1ª ed. – São Paulo: Editora Gente, 2015.

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