A Psicologia Humanista surgiu no
século XX, tendo como seu fundador Abraham Maslow, seguido por Carl Ransom
Rogers. É relevante saber que outros autores que não pertenciam à teoria
humanista elaboraram seus estudos em paralelo, como Viktor Emil Frankl (Logoterapia) e Friederich Salomon Perls (Gestalt-Terapia).
Maslow adotou um objeto diverso
para sua linha de estudo que culminou no surgimento de uma nova Psicologia,
conforme afirmam Collin, Benson, Ginsburg e outros (2012, p. 138) Maslow
“analisava a experiência humana investigando as coisas mais importantes para
nós: amor, esperança, fé, espiritualidade, individualidade e existência. [...]
criou um plano bem estruturado para explicar o trajeto da motivação humana
[...] Sua famosa 'hierarquia das necessidades', esta estrutura também conhecida
como 'pirâmide das necessidades humanas de Maslow' funda uma nova forma de
pensar”.
Para Carl Rogers, a Psicologia
centrava-se mais na pessoa do que em diagnósticos, em como a pessoa poderia
promover a “cura” para si mesma de forma a se tornar pessoa plenamente atuante.
Assim, Rogers rejeitou as propostas behavioristas e psicanalíticas seguindo com
seus estudos sobre a forma como a pessoa percebe as situações, acreditando ainda que as pessoas têm uma
única motivação: a propensão para a autorrealização e que esta inclinação é o
que determina seu desenvolvimento (KLEINMAN, 2015).
Com o adendo da Psicologia Humanista
outras abordagens surgiram, mesmo por autores que não pertenciam efetivamente a
esta linha de estudo, essas teorias conduziram ao surgimento, por exemplo, da Logoterapia
e da Gestalt-Terapia.
Viktor Frankl (1905-1997),
psiquiatra vianense fundador da Logoterapia, foi levado para um campo de
concentração em 1942, junto com sua esposa, irmão e seus pais, permaneceu nesta
situação por três anos até ser liberado como único sobrevivente da família.
Frankl destaca em suas pesquisas que não estamos à mercê do ambiente e que o
sentido que se atribui às situações tem um papel fundamental: o sentido é algo que precisa ser descoberto e
nós mesmos devemos atribuí-lo, na Logoterapia a cura provém deste sentido (COLLIN,
BENSON, GINSBURG e outros, 2012).
A Gestalt-Terapia foi criada em
1951 pelo médico alemão Frederick Salomon Perls (1893-1970). Apesar de seu
fundador ter iniciado sua carreira como psicanalista, a Gestalt-Terapia se
aproxima da Fenomenologia, uma vez que Perls valoriza o aqui-agora, concentrando-se no
presente, diferentemente da Psicanálise que busca no passado as intervenções. É através do agora que ocorre a ação terapêutica (BOCK, FURTADO e TEIXEIRA,
2008).
A Psicologia Humanista, tendo
sido considerada como a terceira grande força, apresenta uma nova opção frente
ao Behaviorismo e à Psicanálise, com seu estabelecimento e disseminação surgiram diversas outras formas de estudar a Psicologia.
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Referências
BOCK, Ana Mercês
Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 14ª ed. São
Paulo: Saraiva, 2008.
COLLIN,
Catherine; BENSON, Nigel; GINSBURG, Joannan; GRAND, Voula; LAZYAN, Merrin;
WEEKS, Marcus. O livro da psicologia.
Tradução de Clara M. Hermeto e Ana Luisa Martins, São Paulo: Globo, 2012.
KLAINMAN, Paul. Tudo o que você precisa saber sobre
psicologia: Um livro sobre o estudo da mente humana. Tradução Leonardo
Abramowicz – 1ª ed. – São Paulo: Editora Gente, 2015.
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